Anais da 4ª Semana Integrada de Ciência e Tecnologia de Gurupi/TO (SICTEG): Ciência para Redução das Desigualdades
USO DE METILFENIDATO POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Título do Trabalho
USO DE METILFENIDATO POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Autores
Ademir Esperidião, Luísa Silva Ferreira, Adalberto Lopes Alencar de Carvalho, Sara Falcão de Sousa
Modalidade
Pôster / Resumo Expandido
Área Temática
Ciências da Saúde (CS)
DOI
Resumo
Introdução: drogas psicoestimulantes são utilizadas no tratamento de patologias mentais desde a década de 30 do século passado. Entre estas destaca-se o Metilfenidato (Ritalina® e Concerta®) por ser a mais bem estudada para tratamento do TDAH. Objetivo: analisar a utilização de Metilfenidato por estudantes universitários. Material e Métodos: pesquisa bibliográfica, de natureza descritiva. O estudo ocorreu por meio de análise de textos científicos buscados em revistas e sites indexados, tais como Scielo, Pubmed, Biblioteca Virtual da Saúde e Google Acadêmico. Como critério de inclusão foram selecionadas as publicações tidas como mais relevantes. Resultados: Ao longo da pesquisa, verificou-se que o Metilfenidato é utilizado sem a orientação médica por estudantes universitários sob a premissa de potencializar o rendimento dos indivíduos que não possuem nenhum tipo de distúrbio ou transtorno mental. Estudo realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) mostrou que 8,6% dos estudantes já fizeram uso de metilfenidato sem prescrição médica em algum momento na vida. Internacionalmente, estudo realizado pelo Ministério da Saúde da Colômbia demonstrou que, dentre os grupos de risco selecionados em todo país, os estudantes de Medicina foram os maiores consumidores da droga. Alguns estudos norte-americanos mostraram uso considerável desse medicamento, tendo a prevalência chegado a ordem 16% em dada universidade do Estado de Massachusetts. Outros dados mais gerais mostraram a frequência de 6,9% entre estudantes de diversas faculdades norte-americanas, sendo que 5,3% dos estudantes universitários desse mesmo país relataram o uso não-prescrito do metilfenidato, pelo menos uma vez. Postula-se que o mecanismo de ação deste fármaco seja o estímulo de receptores alfa e beta-adrenérgicos ou a liberação de dopamina e noradrenalina dos terminais sinápticos. O início da ação dá-se em 30 minutos, com pico em 1-2 horas, e meia-vida de 2-3 horas. Como efeitos colaterais a curto prazo tem-se a redução de apetite, insônia, dor abdominal e cefaléia. A longo prazo os principais efeitos que podem surgir são a dependência e consequências cardiovasculares danosas ao organismo Conclusão: o uso indiscriminado, ou seja, sem prescrição médica de Metilfenidato é uma realidade entre estudantes universitários nacionais e estrangeiros. A medicação possui uma série de efeitos colaterais que se manifestam a longo e curto prazo. Verificou-se, ainda, uma escassez de estudos longitudinais a médio e longo prazo dos prejuízos associados a esse consumo indiscriminado. Propõe-se a realização de mais estudos, principalmente em nível regional, com vistas a suprir dada lacuna.
Palavras chave: Metilfenidato; Estudantes; Uso indevido de medicamento sob prescrição.
ISBN
978-65-00-94313-9