PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO DEPARTAMENTO DE REUMATOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG

Introdução: As doenças reumáticas, apesar de pouco estudadas, comprometem uma infinidade de indivíduos desenvolvendo incapacidades a partir da sintomatologia álgica até deformidades, afetando a capacidade funcional. Dados epidemiológicos das enfermidades reumatológicas na região norte do Brasil são inexistentes. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no Departamento de Referência em Reumatologia do Ambulatório de Saúde Comunitária do Centro Universitário UnirG no município de Gurupi-TO. Material e Métodos: Os dados foram coletados a partir dos registros de produção individual sob responsabilidade da médica reumatologista (CRM-TO: 2257) e tabulados em planilha Microsoft Excel® na sequência dos atendimentos em anos (2008 a 2015) e de acordo com o número dos prontuários como referência ao cadastro de pacientes, seguidos de gênero, idade e diagnóstico. Foram excluídos os dados em repetição numérica de prontuários, ausência de informação e diagnósticos incoerentes à área de reumatologia. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário UnirG sob parecer 2.500.859, de acordo com a Resolução CNS 466/12. Resultados: A análise descritiva dos dados permitiu identificar o cadastro de 1045 pacientes, com idade entre 6 e 86 anos de idade e média de 50 anos, sendo 82% do gênero feminino. A maior incidência das doenças reumáticas ocorreu na faixa etária de 36 a 65 anos de idade, representando 70% da população. No contexto geral, as doenças reumáticas mais incidentes nesta população foram: artrite reumatóide (18%), fibromialgia (17%) e osteoartrose (9%). Para o gênero masculino, as doenças reumáticas mais incidentes foram: artrite reumatóide (12%), espondilite anquilosante (9%) e osteoartrose (7%). Para o gênero feminino, as doenças reumáticas mais incidentes foram: fibromialgia (20%), artrite reumatóide (19%) e osteoartrose (9%). A incidência da fibromialgia no gênero feminino foi superior ao masculino, com 97% (n=173) dos casos, sendo a idade média de 47 anos (DP±2). A fibromialgia encontra-se na sétima posição das doenças reumáticas do gênero masculino, assim como a espondilite anquilosante encontra-se na sétima posição das doenças reumáticas do gênero feminino. Conclusão: As doenças reumáticas comprometem crianças a idosos, sendo o gênero feminino o maior quantitativo na assistência em saúde. Houve semelhanças e diferenças entre as doenças que afetam os dois gêneros, sendo elas: artrite reumatoide, fibromialgia, osteoartrose e espondilite anquilosante. Em suma, a saúde pública do município deve assistir melhor a população, pois desde 2016 o ambulatório encontra-se desprovido de profissional reumatologista. É consenso na literatura a afirmativa da prevenção ser a opção mais benéfica e menos onerosa.

Descritores: Reumatologia. Doenças reumáticas. Epidemiologia. Prevalência.