PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM INDÍGENAS NAS MICRORREGIÕES DO TOCANTINS

Introdução: Focar nos casos de leishmaniose visceral, que é considerada uma das doenças negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde, e além disso associar com a população indígena, é refletir sobre aspectos negligenciados na nossa sociedade. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose visceral nas populações indígenas das microrregiões do Tocantins (Bico do Papagaio, Araguaína, Miracema, Gurupi, Porto Nacional) por meio de um estudo retrospectivo no período de 2012-2017. MÉTODOS: Foram consultados dados disponíveis no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), ao qual estão anexadas as informações do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).

Resultados: Foram notificados 8 casos autóctones de Leishmaniose Visceral, sendo 75% do gênero masculino. Outro fator importante é o maior número de casos em Araguaína, destacados pela presença do Hospital de Doenças Tropicais na cidade. Crianças entre 5 e 9 anos foram mais acometidas (37,5%), seguidas pelas outras faixas etárias igualmente notificadas (12,5%). A cura geral foi 87,5%, ocorrido acentuadamente na faixa etária 5 e 9 anos (37,5%). E a letalidade geral foi de 12,5%, ocorrido na faixa etária entre 40 a 59 anos. CONCLUSÃO: Os dados denotam o descaso com a saúde dos indígenas, além disso, o caráter de subnotificação da Leishmaniose Visceral nos índios, mostrando a urgência de ações que permitam a redução do risco de infecção, o melhor acesso ao tratamento e a ampliação e o avanço do sistema de notificação para essa população.

Palavras-chaves: Leishmaniose visceral. Perfil epidemiológico. Indígenas Sul-Americanos.