Anais da 4ª Semana Integrada de Ciência e Tecnologia de Gurupi/TO (SICTEG): Ciência para Redução das Desigualdades
NÍVEIS DE FORÇA MUSCULAR ASSOCIADOS À VARIAÇÃO DO ÍNDICE GLICÊMICO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Título do Trabalho
NÍVEIS DE FORÇA MUSCULAR ASSOCIADOS À VARIAÇÃO DO ÍNDICE GLICÊMICO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Autores
Layanna Alves da Silva, Beatriz Araújo, Geovanne Rossone Reis, Adrianna Arruda Barbosa Resende, Walquiria Pereira dos Santos Alves, Ítala Amanda Pires da Silva
Modalidade
Pôster / Resumo Expandido
Área Temática
Ciências da Saúde (CS)
DOI
Resumo
Introdução: O nível de disfunção muscular em pacientes que permanecem em unidades de terapia intensiva (UTI) é elevado, o que acarreta redução do glicogênio muscular, da adenosina trifosfato e da resistência muscular, diminuindo a capacidade oxidativa. Objetivo: Correlacionar o nível de disfunção muscular adquirida na UTI com a variação dos índices glicêmicos durante a permanência neste setor. Materiais e Métodos: Trata-se de um levantamento documental, transversal e prospectivo da variação dos índices glicêmicos em uma correlação com os resultados da força muscular dos pacientes que obtiveram alta da UTI. Foram incluídos neste estudo os pacientes que permaneceram na UTI por, no mínimo, 72 horas; pacientes que obtiveram alta do setor; maiores de 18 anos e com pontuação mínima que excluía a presença de deficiência cognitiva no Mini exame do estado mental. Foram excluídos os pacientes com diagnóstico clínico de qualquer doença ou distúrbio neurológico e/ou com diagnóstico clínico de Diabetes Mellitus dos tipos 1 e 2, descritos no prontuário. Foi realizada uma coleta dos valores da glicemia nos prontuários dos pacientes durante a permanência na UTI, verificando a sua variabilidade, e avaliada a força muscular no dia da alta desta unidade através do dinamômetro manual eletrônico Dayhome®. Os valores coletados foram analisados pelo teste Spearman. Resultados: Após a aplicação da avaliação proposta, foi observado no estudo, composto por 15 pacientes, que quanto maior a variação glicêmica (95,1±87,1mg/dL) durante a permanência na UTI, menor a força muscular (13,86±12Kgf) adquirida na internação (p<0,0001) e que quando comparadas a média da força avaliada com a média da força prevista para a idade, verificou-se uma perda significativa em mais de 70%. Os pacientes incluídos nesta pesquisa tiveram um tempo médio de permanência da UTI de apenas 11,6 ± 8,64 dias, o que chama a atenção para a alta porcentagem de perda da força muscular durante a internação na unidade. Conclusão: A variação dos índices glicêmicos durante a estada em UTI interfere diretamente no declínio funcional de pacientes levando a perda significativa da força muscular. Portanto, há uma necessidade maior de monitorização da glicemia de pacientes internados em UTI’s para que haja redução da perda da força muscular, da taxa de hipotrofia muscular potencializada pelo desuso e do tempo de permanência.
ISBN
978-65-00-94313-9