INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE 2013 E 2018

Introdução: Descolamento prévio da placenta implantada normalmente (DPP) é definido como a separação repentina, súbita e prematura da placenta fixa no corpo do útero, após a 20° semana de gestação. Complica em média 6,5 para cada 1000 partos. Objetivo: Identificar o número de internações e óbitos em gestantes com DPP no Estado do Tocantins no período de Junho de 2013 á Junho de 2018. Materiais e métodos: Estudo epidemiológico retrospectivo descritivo baseado nos dados de internação por gestantes com DPP por faixa etária no período entre Junho de 2013 à Junho de 2018, registradas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) categoria CID-10 no estado do Tocantins. Resultados: Durante o período de cinco anos foram observados 511 casos de internações por descolamento prévio da placenta no estado do Tocantins, 1,3% entre 10 e 14 anos, 17% entre 15 a 29 anos, 50% entre 20 e 29 anos, 27% entre 30 a 39 anos e 3,5% entre 40 a 49 anos. Destes 99% foram atendimentos de urgência resultando em um total de 4 óbitos. Conclusão: No geral a DPP é uma situação de emergência obstétrica e possui diagnóstico clínico, é comum que as pacientes apresentem hipertonia e em 80% dos casos ocorrem sangramentos que podem vir acompanhados de sinais hipovolêmicos. Por ser uma emergência, o prognóstico não é bom, principalmente devido ao quadro de hemorragia. Apesar disso a taxa de mortalidade no estado corresponde apenas a 0,9% das ocorrências, o que demonstra a eficiência da equipe médica e do sistema de atendimento na região, já que a velocidade e qualidade de atendimento prestada são essenciais para a vida da mãe e do bebê.

Palavras chave: DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA, EMERGÊNCIAS, MORTE MATERNA.