Anais da 4ª Semana Integrada de Ciência e Tecnologia de Gurupi/TO (SICTEG): Ciência para Redução das Desigualdades
HIPOTERMIA TERAPÊUTICA NEONATAL COMO PREVENÇÃO PARA ENCEFALOPATIA HIPÓXICA ISQUÊMICA
Título do Trabalho
HIPOTERMIA TERAPÊUTICA NEONATAL COMO PREVENÇÃO PARA ENCEFALOPATIA HIPÓXICA ISQUÊMICA
Autores
Ibrahim Daoud Elias Filho, Melina Kimberly Carvalho Pereira, Fernanda Oliveira Brito dos Reis, Izabel Mendes da Silva, Zaqueu Sampaio Machado Bertoldo, Adolpho Dias Chiacchio
Modalidade
Pôster / Resumo Expandido
Área Temática
Ciências da Saúde (CS)
DOI
Resumo
Introdução: A encefalopatia hipóxico-isquêmica é uma das grandes causas de mortes ou incapacidades em neonatos. Os sobreviventes podem adquirir defeitos cognitivos e motores, gerando altos custos familiares e estatais. Objetivo: Elucidar os efeitos protetores da hipotermia terapêutica após hipóxia neonatal. Material e Métodos: O estudo baseia-se em revisão bibliográfica de artigos encontrados na BVS e Scielo concordando com o tema proposto. Os resultados serão agrupados em texto para melhor entendimento. Resultados: Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a hipotermia terapêutica, com temperatura entre 33-34°C, utilizada nas primeiras seis horas de vida e continuada por até três dias, melhora o prognóstico para recém-nascidos que sofreram com encefalopatia hipóxica isquêmica ou necessitaram de reanimação na sala de parto. Segundo SBP, 300.000 crianças por ano necessitam de ajuda para começar ou manter a respiração ao nascer. A progressão da lesão hipóxica está relacionada aos mecanismos de necrose e inflamação. Na indução da hipotermia, inibe-se a cascata de agentes inflamatórios e apoptóticos, reduz a produção de espécies reativas de oxigênio e a taxa metabólica cerebral bem como o consumo de oxigênio (SILVEIRA, 2015). Após a ocorrência de hipóxia, muitos neurônios entram em período de latência antes de definitivamente morrerem, podendo ser regenerados em casos de retirada da injúria. Após a latência, entra-se no período de lesão celular irreversível, o que a técnica procura evitar (ARAUJO, 2008). Há redução em 7% do metabolismo cerebral a cada grau reduzido além de redução nos níveis de radicais livres e apoptose, ao se inibir enzimas pró apoptóticas como as caspases. Os efeitos colaterais são pequenos quando se compara aos potenciais benefícios da neuroproteção. Conclusão: Entende-se que a nova forma terapêutica possui uma grande importância para neonatos que sofreram hipóxia ao nascer. A técnica, embora careça de mais estudos bem mais aprofundados atualmente, já se traduz em melhorias no curso de vida do recém-nascido e deve ser uma estratégia para a prevenção das encefalopatias decorrentes da hipóxia. Através da técnica, minimiza-se gastos com saúde como internação e fisioterapia para recuperação do dano. Entretanto, apenas quatro centros médicos utilizam a técnica, necessitando, portanto de mais estudos e uma maior divulgação e capacitação de médico para realizarem tal técnica. Ainda assim, as evidências científicas mostram que a hipotermia terapêutica induzida pode ser usada para a neuroproteção e promover um futuro de vida melhor ao indivíduo, restringindo e diminuindo quadros clínicos que limitam atividades diárias.
Descritores: ISQUEMIA ENCEFÁLICA, ENCEFALOPATIAS, HIPOTERMIA, ENCEFALOPATIA HIPÓXICA ISQUÊMICA.
ISBN
978-65-00-94313-9