FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ACADÊMICOS E ACADÊMICAS DE MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG, GURUPI/TO

Introdução: Os acadêmicos de medicina vivem em constante estresse, elevada carga horária de estudo, redução nas horas de sono, além da falta de atividade física e dieta inadequada tornando-os vulneráveis aos fatores de risco cardiovasculares (FRCV). Objetivo: Comparar os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) entre acadêmicos e acadêmicas do curso de medicina do Centro Universitário UnirG, Gurupi - TO. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com natureza quantitativa aprovado pelo Comitê de Ética do Centro Universitário UnirG nº 2.603.588, envolvendo graduandos em medicina do Centro Universitário UnirG. Foram incluídos estudantes do 1º e 8º período, maiores de 18 anos que aceitaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para avaliação do FRCV foi utilizado o questionário de fatores de risco para DCV aterosclerótica e critérios de definição do American College of Sports Medicine (2017). As variáveis utilizadas foram: idade, histórico familiar, pressão arterial (PA), tabagismo, diabetes mellitus, colesterol total, LDL, HDL, nível de atividade física, índice de massa corporal (IMC) e circunfêrencia abdominal (CA) segundo protocolo da Organização Mundial da Saúde. As variáveis perfil lípido e glicemia de jejum foram realizados por laboratório de análises clínicas através do método automatizado selectra E.  A análise dos dados foi realizada a partir do teste não paramétrico Mann-Whitney U, com o programa SPSS, versão 21. Resultados: Da amostra de 31 voluntários 13 eram do sexo masculino e 18 do sexo feminino. A média de idade em ambos os sexos foi de 23,1 (± 4,4) anos. Em relação aos fatores de risco houve diferença entre os sexos nos seguintes parâmetros: PA sistólica: masculino (118,9 ± 12,8), feminino (104,7 ± 11,4) (p=0,007); PA diastólica: masculino (81,8 ± 14,0), feminino (69,9 ± 8,9) (p=0,012); IMC: masculino (24,5 ± 4,1), feminino (20,1 ± 2,2) (p= 0,001); CA: masculino (81,1 ± 8,7), feminino (66,3 ± 4,0) (p=0,000); HDL-c: masculino (40,5 ± 4,6), feminino (96,4 ± 18,5) (p=0,001). Em relação ao risco cardiovascular aterosclerótico, da amostra total 54,8% apresentou risco baixo, 29,1% risco moderado e 16,1% risco alto. Na avaliação por sexos a predominância no risco baixo foi entre as mulheres (38,7%) enquanto que o moderado predominou entre os homens (25,8%). No risco alto, as mulheres apresentaram 16,1% contra 0% entre os homens. Conclusão: Apesar de a maioria das mulheres concentrar-se na classificação de baixo risco, observou-se que apenas este grupo apresentou um percentual de alto risco para DCV (16,1%).

DESCRITORES: Estudantes de medicina. Fatores de risco. Doenças cardiovasculares.