FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução: A incontinência urinária (IU) é um problema de saúde pública, que causa grande impacto sobre a saúde do indivíduo, podendo ser encontrada em qualquer período da vida e em todas as faixas etárias, acometendo principalmente a população feminina. Objetivo: Identificar os fatores de risco associados à incontinência urinária feminina. Material e Métodos: : Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sistematizada, onde os critérios de inclusão deste artigos foram: artigos científicos de livre acesso disponíveis nas línguas portuguesa e inglesa, publicados no período entre 2010 e 2017, obtidos nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Lilacs com o uso dos descritores em saúde: incontinência urinária, incontinência urinária feminina, fatores de risco, sendo os critérios de exclusão doenças neurológicas, diabetes mellitus, uso de medicações que  levam a predisposição da IU, perdas urinárias durante o ciclo gravídico puerperal, IU associada a incontinência fecal, prolapso uterino, retocele e enterocele, IU masculina e infantil. Resultados: Das 47 publicações selecionadas inicialmente foram utilizadas 20 publicações neste estudo que atendiam os critérios de inclusão. Observou-se que os fatores de risco para a incontinência urinária feminina foram: a idade; o IMC; o parto vaginal; o parto fórceps; o peso do recém-nascido elevado; maior paridade; o casamento precoce, consumo diário de café e a doença pulmonar obstrutiva crônica.  Entre os fatores com maior relevância, a idade é considerada o principal fator de risco para IU, sendo observada em cerca de 5% das mulheres jovens e 50% das idosas assim como que eventos obstétricos adversos influenciam diretamente para o aumento da mesma. O IMC acima da normalidade apresenta impacto negativo sobre a ocorrência da IU. Os artigos pesquisados apontam que as associações de um ou mais fatores aumentam consideravelmente o risco para o desenvolvimento desta alteração, contudo observa-se a falta de heterogeneidade entre as populações estudadas no que diz respeito a faixa etária, etnia, hábitos alimentares, doenças preexistentes, o que prejudica traçar um perfil preciso da mulher que pode vir há desenvolver a IU. Conclusão: O escasso número de estudos relacionados aos fatores de risco para IU na mulher associados às variações onde estas populações estão inseridas, dificulta a identificação dos principais fatores que provocam a IU nessa população.

Palavras chave: Incontinência urinária, Incontinência urinária feminina, Fatores de risco.