EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS COMO POLÍTICA PÚBLICA PARA O AUMENTO NA DISPONIBILIDADE DE LEITOS EM UTI NO BRASIL

Introdução: Com todo o investimento em leitos de UTI, parte das regiões brasileiras carece de vagas neste tipo de atenção de saúde, esta falta de vagas em UTI, se alastra por todo território nacional, com aumento da taxa de morbimortalidade devido a morosidade na transferência e regulação de pacientes graves para a atenção terciária. Objetivo: Identificar estudos e levantar dados dos trabalhos que resultaram da análise de variáveis que geraram indicadores de qualidade em terapia intensiva, com o aumento do tempo de permanência, dos custos assistenciais e da taxa de mortalidade, visando explicitar critérios científicos e tecnocracia como política pública para admissão de pacientes, protocolos de sedação e o controle das infecções como forma, direta ou indireta, de garantir maior oferta de leitos de UTI. Método: Trata-se de uma Revisão da Literatura que buscou artigos científicos, em Língua Portuguesa e Inglesa, nas bases de dados Medline, Cochrane, Portal de periódicos Capes, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde - Bireme, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde - Lilacs e Scientific Electronic Library Online - Scielo. Constou das seguintes etapas: localização dos estudos pela leitura dos títulos e resumos, leitura criteriosa dos resumos dos artigos pré-selecionados, seleção dos artigos coerentes com o objetivo do presente estudo, aplicação da escala de Jadad (JADAD et al., 1996) para avaliação da qualidade metodológica e exclusão dos artigos randomizados com escore inferior a três pontos na mesma, interpretação e discussão dos resultados. Resultados: Eliminada a duplicidade a busca resultou em 269 artigos científicos. Aplicados os critérios de inclusão restaram 33 referências, destas 10 foram apreciadas para o embasamento teórico e 23 que atenderam às recomendações e avaliações supracitadas. Os dados destes estudos mostram uma estreita relação entre a adoção de critérios para admissão de pacientes, protocolos de sedação e o controle das infecções. Conclusões: Evidências encontradas nos estudos mostram que a aplicação da medicina baseada em evidências na gestão de políticas públicas em saúde, sobretudo nas unidades de terapia intensiva, pode corroborar para melhores indicadores de qualidade, com maior oferta de leitos e, consequentemente menor tempo de espera, menor taxa de mortalidade e menores custos.