EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A VISÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Introdução: A educação em saúde na atenção básica visa fortalecer o controle social através de medidas educativas produzindo assim um impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva da população. Objetivo: Comparar a atuação dos profissionais de saúde no quesito educação e saúde em equipes de unidades básicas de saúde (UBS) com programa de residência médica de saúde da família e comunidade (PRMSFC) com as equipes de unidades sem o programa no município de Gurupi-TO.  Material e Métodos: Após aprovação do comitê de ética e pesquisa (CEP) foi realizada a pesquisa descritiva e transversal com 107 profissionais da saúde de 12 unidades básicas de saúde (UBS) do município de Gurupi-TO, onde quatro delas possuem o programa de residência médica em saúde da família e comunidade (PRMSFC). Os participantes assinaram o termos de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e responderam ao questionário QualiAB validado por Castanheira et al. (2011) no período de janeiro a março de 2018. Foram avaliados os 4 indicadores que abrangem as dimensões educação em saúde e contempla as variáveis: Temas abordados na comunidade; Como são realizadas as ações na comunidade; Ações na unidade e como são realizadas as ações na unidade. A análise foi realizada pelo programa EPI INFO 3.2.2. O grupo de estudo foi divido em dois, um das UBSs com PRMSFC  e outro sem. As variáveis foram dicotomizadas em sim ou não e expostas de forma descritiva e a comparação dos resultados das UBSs que possuem o PRMSFC com as que não possuem foi aplicado o teste de qui-quadrado e o nível de significância de p<0,05. Resultados: ao analisar o indicador “temas abordados na comunidade”, foi observado que dos 20 itens, as unidades com PRMSFC foram significativamente melhores em 10 itens (50%), com destaque para o tema prevenção do câncer ginecológico (p= 0,00001). Já no indicador “de como são realizadas as ações na comunidade”, as UBSs com PRMSFC foram melhores em quatro dos seis itens com 66,66%, chamando a atenção para o gerenciamento e organização da assistência com p= 0,0000008. No indicador “ações na unidade” o PRMSFC foi melhor significativamente em 39% dos itens com desempenho melhor no item planejamento reprodutivo e Controle da proliferação de vetores. Apenas no indicador “como são realizadas as ações na unidade” não houve diferença significativa entre as unidades com e sem PRMSFC. Conclusão: os profissionais de saúde inseridos em equipes com PRMSFC atuam de forma melhor e significativamente em três dos quatro indicadores.