Anais da 4ª Semana Integrada de Ciência e Tecnologia de Gurupi/TO (SICTEG): Ciência para Redução das Desigualdades
DISFUNÇÃO DA ADRENAL EM RATOS TRATADOS COM PROPILTIOURACIL
Título do Trabalho
DISFUNÇÃO DA ADRENAL EM RATOS TRATADOS COM PROPILTIOURACIL
Autores
Luiza Pereira Cristina Pereira Bezerra
Modalidade
Pôster / Resumo Expandido
Área Temática
Ciências da Saúde (CS)
DOI
Resumo
Introdução: discrepâncias na literatura quanto a sinais e sintomas do hipotireoidismo associado a disfunção e/ou fadiga da suprarrenal levantam hipóteses acerca do envolvimento de hormônios tireoidianos no eixo estressor Hipotálamo-Hipófise-Adrenal. Objetivo: associar o propiltiouracil (PTU) com quadro de hipotireoidismo e mensurar o teor de ácido ascórbico da adrenal (AAA) de ratos tratados e não tratados com PTU e os respectivos pesos das adrenais. Material e Métodos: vinte ratos da variedade Wistar, 10 controles tratados com solução aquosa de aspartame (10 gotas/100 mL) e 10 tratados com solução aquosa de aspartame (10 gotas/100 mL) mais PTU (100 mg/100 mL) diariamente por 30 dias (aspartame utilizado para atenuar aversão ao PTU). Após anestesia (tiopental 50 mg/kg) as adrenais foram excisadas, pesadas e maceradas com ácido metafosfórico 2,5% para extração do ácido ascórbico. Alíquotas de 2 mL do filtrado foram reagidas com 2,6-diclorofenolindofenol-tampão acetato e leituras de absorbância feitas no espectrofotômetro no comprimento de onda 520 nm. Conteúdo de AAA foi padronizado para pesos das adrenais e corporais por meio de uma curva padrão. Após sacrifício e cervicotomia as tireoides foram expostas e fotografadas. Utilizou-se ANOVA post hoc Tukey para comparações múltiplas com nível de significância estabelecida em P < 0,05. Protocolo aprovado pelo CEUA-UnirG sob nº 002-2018. Resultados: todas as tireoides foram volumosas nos ratos tratados com PTU comparadas às do grupo controle. Considerando o ácido ascórbico como marcador biológico da função suprarrenal na produção de hormônios, o conteúdo médio de AAA nos grupos controle e PTU foram respectivamente (em µg/100 mg/100 g): 81 ± 20,7 e 47,3 ± 17,5 sendo significativo a depleção de AAA no grupo PTU (P = 0,00096). Quanto ao peso médio das adrenais (em mg) em ratos controle e tratados com PTU foram, respectivamente: 42,2 ± 3,6 e 35,5 ± 4,1 (P = 0,0025). Conclusão: há evidências de que o propiltiouracil induz hipotireoidismo e em consequência uma disfunção da glândula adrenal evidenciado pela atrofia e queda de AAA, possivelmente associada a uma hipofunção do córtex da adrenal pela ausência ou diminuição de hormônios tireoidianos.
Palavras chave: hipotireoidismo, propiltiouracila, adrenal
ISBN
978-65-00-94313-9