DETECÇÃO DE SINAIVIRUS EM AMOSTRAS DE MOSQUITOS COLETADOS NO ESTADO DO TOCANTINS

Introdução: O vírus Lake Sinai foi descoberto em amostras de abelhas coletadas no Lago Sinai, em Dakota do Sul, nos EUA. Possui genoma de RNA fita simples com cerca de 5500 pb que codifica uma proteína do capsídeo e uma RNA polimerase viral. Objetivo: analisar o viroma existente em pools de 1.000 mosquitos coletados em quatro municípios do Tocantins (Aliança do Tocantins, Duére, Formoso do Araguaia e Gurupi). Material e Métodos: Após a coleta, as amostras foram centrifugadas e submetidas a extração de DNA e RNA viral. O sequenciamento foi realizado através da tecnologia de nova geração, pela plataforma Illumina. As sequencias curtas obtidas (reads) foram utilizadas para montagem de sequência maiores denominadas contigs, sendo estes estendidos pelo software Price. Os contigs foram então submetidos a ferramenta Blastx e Blastn para a caracterização viral. Resultados: Após as análises, os contigs apresentaram alta similaridade com as famílias Baculoviridae, Chuviridae, Flaviridae, Metaviridae e Phenuiviridae. Alguns contigs tiveram alta similaridade com vírus de RNA não classificado, como o caso do Sinaivirus. Um dos contigs apresentou alta identidade (88,5%) com o vírus Lake Sinai que infecta abelhas. A análise filogenética demonstra uma origem evolutiva comum ao mesmo. Conclusão: Entretanto, mais estudos são necessários para a caracterização final deste vírus visando determinar suas interações com múltiplos hospedeiro e para obter uma compreensão do seu papel potencial na morte de abelhas e mosquitos.

Palavras chave: Sinaivirus, sequenciamento, filogenia, viroma.