CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA E QUANTIFICAÇÃO DE PROLINA EM GENÓTIPOS DE SOJA SUBMETIDOS AO DÉFICIT HÍDRICO NO INÍCIO DO ENCHIMENTO DE GRÃOS

Introdução: Um déficit hídrico expressivo durante o enchimento de grão provoca alterações fisiológicas como a concentração de prolina na planta, e também alterações agronômicas, como perda de peso das sementes, abortamento de vagem e queda prematura das folhas. Objetivo: Avaliar as respostas fisiológicas e agronômicas de oito genótipos de soja visando tolerância à seca comparados a diferentes condições de disponibilidade hídrica no solo em casa de vegetação. Metodologia: O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade federal do Tocantins, campus Gurupi, onde foram utilizados 8 genótipos de soja implantados em vasos de polietileno com capacidade de 8 litros, o solo foi corrigido e adubado para atender as necessidades nutricionais da planta. O déficit hídrico foi definido pela redução de 30 e 50% da disponibilidade de água a partir da capacidade de campo do solo. A semeadura foi realizada em 13/05/2017 e a aplicação do déficit hídrico se deu a partir do início do enchimento de grão até o enchimento de grão pleno. Para a quantificação da prolina foram coletadas cada folíolo da terceira folhas do ápice para base. Também foi realizado os paramentos agronômicos: altura de planta (cm), diâmetro da haste (mm), inserção da primeira vagem (cm), porcentagem de vagem chocha, número de vagem por planta, número de sementes por vagem, produção por planta (gramas) e peso de cem sementes (gramas). Resultados: Verificou-se com o presente trabalho que as variáveis agronômicas mais afetas negativamente foram: número de vagem por planta nos genótipos 2,4,6,8 e o número de sementes por plantas os genótipos 2,3,4 e 6 nos tratamentos sem estresse e estresses de 30 e 50%, respectivamente. Para o peso total de sementes não houve variação dos genótipos em relação aos níveis de estresse empregados. Para concentração de prolina o genótipo 7 foi o que mais apresentou aumento desse aminoácido variando de 1,7; 3,1; 4,2 μmolPro.gMS-1 dos tratamentos sem estresse, 50 e 30%, respectivamente. Conclusão: De um modo geral os genótipos 2 e 4 tiveram promissores resultados das variáveis estudadas que indicam continuidade no programa de melhoramento para tolerância ao estresse hídrico.

Palavras-chaves: DÉFICIT HÍDRICO, PROLINA, GLYCINE MAX.